
Foto: Gabriel Torres
A multinacional Oceana deu início à fase de testes para a produção de fertilizante marinho no Porto Piauí, localizado em Luís Correia. A operação experimental marca o primeiro ensaio comercial do terminal portuário e simboliza o início de uma nova fase no desenvolvimento logístico e industrial do estado.
Neste domingo (19), o governador Rafael Fonteles visitou o local e acompanhou de perto o início das atividades. “Essa é a primeira operação comercial em fase de teste realizada no Porto do Piauí. Além da descarga do produto, que aproveita a riqueza do nosso litoral, também haverá o processamento do fertilizante, fruto da parceria com a Oceana — uma multinacional presente em mais de 80 países”, destacou o governador.
O fertilizante marinho é um bioestimulante natural amplamente utilizado na agricultura, tanto no Brasil quanto no exterior. Rico em nutrientes, vitaminas e hormônios vegetais, o produto estimula o desenvolvimento das raízes, aumenta a resistência das plantas a pragas e condições climáticas adversas, melhora a estrutura do solo e contribui para o aumento da produtividade e da qualidade das lavouras.
Esta operação, que é a principal da Oceana no país, tem como foco abastecer o mercado da região do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) e também o exterior. “A empresa ocupará o primeiro terminal do Porto Piauí e instalará uma fábrica para processamento do fertilizante”, afirmou o presidente da Investe Piauí, Victor Hugo.
Em fase de urbanização e preparação estrutural, o Porto Piauí deverá abrigar futuramente operações de cargas gerais e contêineres, tornando-se o principal polo de escoamento marítimo do estado e um eixo estratégico para o desenvolvimento. “A gente vai começar a fazer as entradas do canal com a draga carregada, para fazer os primeiros descarregamentos aqui. E ainda esse ano, o início das operações comerciais, com a finalização do balizamento e das obras do terminal de fertilizantes”, explicou o presidente do Porto Piauí, Raimundo Dias.
O governador destacou ainda que já autorizou o investimento que permitirá o aumento da profundidade do calado para até 13 metros, o que viabilizará novas possibilidades de expansão das exportações de mercadorias. A empresa Cnaga deverá operar o terminal de contêiners e carga geral.
“Em breve, teremos novidades em relação a exportação de grãos e minério de ferro. É o Porto Piauí se viabilizando com segurança, com tecnologia, com o apoio das instituições federais, como a Marinha do Brasil, o Ministério de Portos e Aeroportos, a nossa Agência de Transportes Aquafiários, obedecendo toda a legislação ambiental, que é muito importante para garantir o desenvolvimento econômico com muita sustentabilidade”, finalizou Rafael Fonteles.
Por Alecio Rodrigues
Fonte: Meio News