Por Leonardo Gottems
Conforme análise de Lívea Coda, coordenadora da equipe de Inteligência de Mercado da Hedgepoint, o mercado de açúcar começa 2025 com um cenário de baixa, reflexo de um fim de 2024 marcado por quedas nos preços, que alcançaram 19 c/lb e seguem nesse patamar. A perspectiva de oferta robusta em algumas regiões produtoras pressiona ainda mais os valores no início do ano.
No Brasil, o Centro-Sul projeta uma moagem de 620 milhões de toneladas de cana e uma produção de 40 milhões de toneladas de açúcar para a safra 2024/25. As chuvas de verão aumentaram o otimismo para a safra 2025/26, gerando expectativas de maior produtividade e, consequentemente, contribuindo para a manutenção dos preços em níveis baixos.
Na Índia, a produção de açúcar enfrenta uma redução significativa de 17,8% em comparação ao ciclo anterior, causada por atrasos no início da colheita. Apesar disso, a moagem em dezembro apresentou estabilidade, trazendo algum alívio ao mercado local.
Na América Central, atrasos na safra afetaram a produção em países como Guatemala e El Salvador, o que tem sustentado os preços do açúcar branco. No entanto, o bom desempenho da produção europeia limita a recuperação dos valores, reforçando a tendência de baixa global.
“Apesar de um ano desafiador com seca e incêndios, a região Centro-Sul do Brasil surpreendeu com resultados positivos, reforçando expectativas baixistas, especialmente diante da recuperação prevista no Hemisfério Norte. Como consequência, os preços caíram para 19c/lb e enfrentaram dificuldades para se recuperar”, conclui a especialista.
Fonte: AgroLink