Tempo seco faz Raízen moer 15% mais cana no primeiro trimestre da safra

Foto: Divulgação/Raízen

Por Camila Souza Ramos

A Raízen processou no 1º trimestre da safra 2024/25 (abril a junho de 2024) um volume de 30,9 milhões de toneladas de cana, 15,2% a mais do que no mesmo período da safra anterio. O aumento é reflexo do início antecipado da colheita e do clima mais seco.

O aumento da moagem permitiu uma maior produção e venda de açúcar e etanol no período. A companhia divulgou nesta terça-feira (23/7) sua prévia operacional do trimestre, não auditada. Os números ainda podem ser revisados. Com o clima seco, a concentração de sacarose ficou estável em 124 quilos de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) por tonelada, enquanto a produtividade caiu 1%, para 88 toneladas por hectare.

Vendas

As vendas de açúcar subiram 26,1%, para 2,421 milhões de toneladas. O aumento foi concentrado na comercialização do produto de terceiros e reflete a estratégia da companhia para a temporada, informou a Raízen. O preço médio ficou entre R$ 2.500 a R$ 2.650 a tonelada — abaixo dos R$ 2.652 a tonelada no primeiro trimestre da safra passada.

As vendas de etanol cresceram 18,1%, para 1,274 bilhão de litros, também reflexo da estratégia de comercialização. O preço médio ficou entre R$ 2,65 a R$ 2,80 o litro, o que é maior do que o valor médio do quarto trimestre da safra passada, mas abaixo dos R$ 3,138 o litro vendido no primeiro trimestre da temporada anterior.

A Raízen também informou que sua produção de etanol de segunda geração (E2G) mais do que dobrou na comparação anual e alcançou 16,2 milhões de litros, resultado da produção das usinas Costa Pinto e Bonfim (inaugurada em maio).

A Raízen ainda aumentou as vendas de energia elétrica em 78,1%, para 8,1 milhões de megawatts-hora (MWh). Do total comercializado, 90% foi de energia de terceiros. O preço médio da energia vendida ficou entre R$ 190 a R$ 220 o MWh, abaixo dos R$ 251 o MWh de um ano atrás.

Distribuição

A empresa informou também que sua comercialização de combustíveis na operação de distribuição no Brasil movimentou um volume entre 6,7 bilhões e 6,8 bilhões de litros, em linha com o movimentado um ano antes, e ligeiramente acima do trimestre anterior. No primeiro trimestre de 2023/24, a Raízen movimentou 6,763 bilhões de litros de combustível.

Segundo a companhia, a operação teve “nível saudável de rentabilidade, porém abaixo do último trimestre em razão do excesso de oferta no país”. o negócio contou com o reforço da Oferta Integrada Shell, principalmente no negócio de lubrificantes. Na operação de distribuição na Argentina e no Paraguai, a Raízen movimentou entre 1,8 bilhão e 1,9 bilhão de litros de combustíveis.

Fonte: Globo Rural