Uma tempestade perfeita, com boas perspectivas da safra na Tailândia e na Índia, melhora das perspectivas no Brasil, maior player global, com as recentes chuvas, e real desvalorizado perante o dólar, deram suporte para mais um dia de queda vertiginosa nas cotações do açúcar nos mercados internacionais.
Em Nova York, na ICE Futures, todos os lotes do açúcar bruto se mantiveram em queda livre. O contrato maio/24 recuou 39 pontos, negociado a 19,63 centavos de dólar por libra-peso, 1,9% a menos que as cotações de segunda-feira. Já a tela julho/24 recuou 29 pontos, contratada a 19,53 cts/lb. Os demais vencimentos caíram entre 13 e 38 pontos.
“Comerciantes disseram que a produção de açúcar mais forte do que o esperado na Índia e na Tailândia colocou o mercado na defensiva. As recentes chuvas no Brasil também melhoraram as perspectivas para a produção de cana na temporada 2024/25, e o enfraquecimento do real provavelmente está impulsionando as vendas das usinas do país. O real atingiu a menor cotação em um ano nesta terça-feira”, destacou a Reuters.
Londres
Na ICE Futures Europe de Londres o açúcar branco também fechou desvalorizado em todos os lotes. O vencimento maio/24 foi contratado ontem a US$ 570,00 a tonelada, desvalorização de 10,20 dólares, ou 1,8%, no comparativo com os preços do dia anterior. Já a tela agosto/24 caiu 10 dólares, contratada a US$ 550,00 a tonelada. Os demais lotes caíram entre 6,70 e 8,10 dólares.
Mercado doméstico
No mercado interno o açúcar cristal fechou com forte alta pela Indicador Cepea/Esalq, da USP. A saca de 50 quilos foi negociada ontem pelas usinas a R$ 148,18 contra R$ 146,29 de segunda-feira, valorização de 1,29% no comparativo.
Etanol hidratado
Após cinco dias em alta as cotações do etanol hidratado voltaram a cair pelo Indicador Diário Paulínia nesta terça-feira. O biocombustível foi negociado ontem pelas usinas a R$ 2.625,00 o m³, contra R$ 2.628,00 o m³ praticado na véspera, leve queda de 3 reais, ou 0,11%, no comparativo entre os dias.
Fonte: UDOP