
de 2025 – Foto Abe McNatt/Oficial da Casa Branca
Por Fernando Caixeta
O Instituto Brasileiro do Petróleo e do Gás (IBP) pediu diálogo entre lideranças brasileiras e estadunidenses para encontrar uma solução diplomática para a as tarifas de 50% impostas pelo presidente Donald Trump a todos os produtos brasileiros.
O IBP lembra que o petróleo bruto é, atualmente, o principal produto exportado para o mercado dos EUA. O objetivo pela via negocial, segundo o IBP — que representa a indústria de petróleo e gás no país — é preservar a estabilidade institucional e o fluxo comercial entre as duas economias.
O IBP afirma que a medida traz incertezas para o setor de petróleo e gás, que responde hoje por 17% do PIB industrial brasileiro e 1,6 milhão de empregos diretos e indiretos no país. Em 2024, o petróleo foi o principal produto da pauta de exportações no Brasil, superando a soja e contribuindo com US$ 44,8 bilhões.
O Brasil ocupa a 8ª posição entre os maiores produtores de óleo bruto do mundo. De 2021 a 2023, as exportações líquidas de petróleo atingiram US$ 92,7 bilhões em receitas para o país.
“Por isso, avaliamos com cautela os reais impactos sobre investimentos e competitividade da nossa indústria, que conta com mais de 40 mil empresas atuando diretamente no Brasil”, disse o IBP, por meio de nota.
“Não há fato econômico que justifique”
O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, divulgou nota nesta quinta (10/7) afirmando que “não existe qualquer fato econômico que justifique uma medida desse tamanho, elevando as tarifas sobre o Brasil do piso ao teto”.
Resultados preliminares de consulta realizada pela CNI indicaram que um terço das empresas respondentes que exportam bens e/ou serviços aos EUA tiveram impactos negativos nos seus negócios.
Fonte: Eixos