Reportagem do Estadão traz uma análise de mercado do carro elétrico sob a ótica do consumidor final. A rápida evolução do mercado de carros elétricos e a crescente concorrência chinesa têm resultado em uma acentuada desvalorização desses veículos, dificultando sua revenda. Embora as vendas de elétricos no Brasil tenham aumentado, modelos usados apresentam deságio significativo, com veículos de até três anos de uso sendo vendidos com até 45% a menos do que o preço original.
Por exemplo, um Peugeot e-208, adquirido por R$ 249 mil, foi vendido por R$ 100 mil após 54 mil km rodados, refletindo a desvalorização. A escassez de infraestrutura de recarga e a guerra de preços das marcas chinesas também contribuem para essa tendência. Enquanto os carros híbridos mantêm um deságio menor, os elétricos enfrentam uma queda média de 12% em seus preços em plataformas de venda, com a demanda sendo 12% inferior à dos veículos tradicionais.
As locadoras de veículos, que costumavam comprar elétricos em grande número, também estão reduzindo suas aquisições devido ao alto deságio. Apesar disso, as vendas de veículos eletrificados cresceram 90% de janeiro a julho de 2023, somando 33 mil unidades, mostrando que, embora a desvalorização seja maior, o interesse pelo segmento está em ascensão.
Íntegra da matéria: Estadão (para assinantes)