Dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) demonstram que nas exportações brasileiras o açúcar foi o que mais se destacou pelo aumento de volume e de preços no primeiro bimestre de 2024. O produto gerou receitas de US$ 3,3 bilhões em janeiro e fevereiro. O valor supera em 131% o de janeiro e fevereiro de 2023.
Segundo reportagem da Folha de S.Paulo (06/03), na soja, com a antecipação da colheita neste ano, o volume exportado aumentou 62%, obtendo receitas de US$ 4,4 bilhões. Esse valor poderia ser bem maior. O preço médio da tonelada exportada caiu 18% no mercado externo.
O milho perdeu ritmo após o recorde de exportação em 2023. O volume comercializado caiu 22%, considerando a retração de 20% nos preços médios internacionais. Com isso, as receitas foram de US$ 1,54 bilhão, 37% a menos do que as de igual período de 2023.
A dobradinha milho e soja não vão obter neste ano os mesmos recordes de 2023. No caso do milho, o país exportou 56 milhões de toneladas porque obteve uma safra recorde. Na safrinha, mantidas as más condições climáticas já verificadas até agora, a produtividade cairá.
No caso da soja, à exceção do Rio Grande do Sul, os principais estados produtores vão obter safra menor. O volume deverá ficar próximo dos 145 milhões de toneladas.
Em 2023, soja, açúcar e milho geraram US$ 83 bilhões das receitas com exportações. No ano passado, as exportações de soja atingiram 102 milhões de toneladas. No primeiro bimestre de 2024, as exportações de farelo de soja elevaram-se em 30%. Em contrapartida, os preços internacionais recuaram 9%.
Nas carnes, houve crescimento de volume exportado, mas queda de 7% nos preços. A bovina rendeu US$ 1,6 bilhão no ano. Entre os insumos importados em 2024, os fertilizantes custaram US$ 1,4 bilhão aos cofres brasileiros. O valor dos insumos é 30% inferior em relação ao verificado no ano passado 2023. A queda acumulada no primeiro bimestre nos preços internacionais é de 32%.
Fonte: Folha de S.Paulo