
Por Ericson Cunha
Nesta quarta-feira (05), o mercado do açúcar recupera parte das perdas recentes, impulsionado pela desvalorização do dólar e do petróleo. O contrato maio/25 é negociado a 18,18 cents de dólar por libra-peso, registrando alta de 0,44%. O julho/25 avança para 17,86 cents (+0,68%), enquanto o outubro/25 sobe para 17,93 cents (+0,50%). As cotações refletem as tensões comerciais entre os Estados Unidos, China, Canadá e México, que impactam diretamente o câmbio e o mercado de energia.
A variação cambial no Brasil também influencia o setor. O dólar recuou 2,41%, sendo negociado a R$ 5,78, enquanto o petróleo Brent, referência para o Brasil, caiu mais de 2%, sendo cotado a US$ 69 por barril. Com o real mais valorizado, as usinas brasileiras tendem a vender menos no mercado externo, reduzindo a oferta de açúcar. Já a queda do petróleo pressiona os preços do etanol, que precisa manter paridade com a gasolina e isso favorece um mix mais açucareiro na próxima safra.
As usinas ainda avaliam suas estratégias, uma vez que o Brasil segue em entressafra e o andamento dos preços nos próximos dias será determinante. Enquanto isso, o mercado acompanha a recuperação dos canaviais, que foram afetados por estiagem e queimadas ao longo de 2024. Apesar da onda de calor que atinge o país atualmente, as lavouras têm demonstrado resiliência e não devem sofrer impactos significativos no curto prazo.
Fonte: Notícias Agrícolas