
Foto: Bloomberg/Akos Stiller
Com o objetivo de ampliar as reservas nacionais por insumos minerais e reduzir a dependência de fertilizantes importados, o Serviço Geológico do Brasil (SGB) está desenvolvendo o Projeto Fosfato Brasil, iniciativa alinhada ao Plano Nacional de Mineração (PNM) 2030. Como um dos resultados desse projeto, o SGB publicou o informe de recursos minerais ‘Avaliação do Potencial Mineral de Fosfato do Brasil – Área: Sequência Devoniana na Bacia do Paraná (PR e MS)’.
O estudo aprofunda o conhecimento geológico da região e busca atrair investimentos para o setor mineral e, desta forma, contribuir para o desenvolvimento do País. A medida apoia o setor mineral, a tomada de decisões de investimento e a formulação de políticas públicas. O informe pode ser visto pelo link https://rigeo.sgb.gov.br/jspui/handle/doc/25263.
Com o Projeto Fosfato Brasil, o SGB investigou a sequência devoniana da Bacia do Paraná e avaliou o potencial de mineralização de fosfato e sua formação geológica. A pesquisa incluiu estratigrafia de sequências, petrografia, geofísica, geoquímica de sedimentos e litoquímica. O trabalho avaliou duas sub-bacias da Bacia do Paraná: Alto Garças (MS) e Apucarana (PR).
Os resultados indicam que Alto Garças possui o maior potencial de mineralização devido à presença frequente de camadas contínuas de fosforito intercaladas em folhelhos negros, ironstones e arenitos fosfáticos, sugerindo processos fosfogênicos importantes. No entanto, a viabilidade econômica dessas camadas precisa ser melhor avaliada, pois sua espessura é limitada. Como alternativa sustentável, o estudo sugere ensaios agronômicos desse material, que poderia ser utilizado como remineralizador de solo a partir do rejeito da indústria cerâmica.
Fonte: Brasil Mineral