Duas décadas após o lançamento do programa de biodiesel, o combustível ganha destaque novamente graças a fatores políticos, econômicos e ambientais. A influência do agronegócio no Congresso e o interesse do presidente Lula impulsionam investimentos bilionários na transição energética. Embora o óleo de soja represente mais de 70% da produção, o governo busca fortalecer a produção a partir de pequenas propriedades rurais, com incentivos fiscais para insumos da agricultura familiar.
Recentemente, o Conselho Nacional de Política Energética aprovou a antecipação do cronograma de mistura de biodiesel, aumentando a proporção obrigatória para 14%, com previsão de 15% em 2025. O setor enfrenta desafios, como a necessidade de diversificação da matéria-prima e a concorrência desleal com fraudes na mistura de combustíveis.
As propostas para descarbonizar a matriz energética e garantir segurança jurídica são prioridade, enquanto o aumento da demanda por biodiesel e a pressão global por soluções sustentáveis moldam o futuro da indústria. Na reportagem do Estadão, Sérgio Beltrão, diretor-executivo da União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio), diz: “Algo como R$ 9 bilhões são anualmente adquiridos pela indústria de biodiesel desses pequenos agricultores”.
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