UFPR apresenta novas variedades de cana-de-açúcar em Programa de Melhoramento Genético

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No último dia 29 de outubro, na Estação Experimental da Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Paranavaí, o Programa de Melhoramento Genético da Cana-de-Açúcar (PMGCA) apresentou três novas variedades da planta produzidas pela UFPR no evento “Dia de Campo”. São as variedades RB066443, RB076537 e RB106893.

O PMGCA faz parte da Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroenergético (RIDESA), uma rede de cooperação entre dez universidades federais do Brasil. O objetivo do evento foi de apresentar as variedades liberadas para plantação e celebrar os 35 anos da rede entre as universidades. Estiveram presentes pesquisadores, técnicos, produtores e parceiros do setor sucroenergético.

No total, foram apresentadas 18 novas variedades desenvolvidas pela UFPR, UFSCar, UFRRJ, UFG, UFV, UFAL e UFRPE. As instituições trabalham em conjunto, desenvolvendo e partilhando conhecimentos, informações e resultados.

As variedades da UFPR têm características diferentes para cada cenário de plantio. A RB066443 é recomendada para terrenos de média fertilidade e possibilita baixas impurezas vegetais. Já a variedade RB076537 tem elevada produtividade, alto perfilhamento, sanidade, estabilidade de produção e é indicada para ambientes de melhor fertilidade. E a RB106893 representa um equilíbrio entre precocidade, rusticidade, sanidade e é uma excelente opção para cultivar em ambientes restritivos.

Esse é o principal núcleo de pesquisa canavieira promovido pelo Governo Federal e as variedades desenvolvidas representam 56% da cana plantada e 54% da colhida na safra 2024/25 no país. Ricardo Oliveira, coordenador do PMGCA da UFPR, avalia a importância da inovação das variedades de cana e a importância das pesquisas da equipe, que é composta por trinta pessoas, diante dos desafios com as mudanças climáticas.

“Essa percepção, a capacidade de trabalho, a capacidade de investimento e especialmente para a Ridesa, a garantia de manutenção das pesquisas de campo, são elementos cruciais para contribuir para a manutenção e crescimento deste grande setor agrícola do nosso país”, afirma Oliveira.

Fonte: UFPR