UBS Group participa de teleconferência com a consultoria MBAgro

O UBS Group realizou, nesta terça-feira (23/01), reunião com a consultoria independente MBAgro. Veja, abaixo, os principais pontos abordados no encontro:

Clima: Após o tempo seco em dezembro, o perfil climático começou a se remodelar em janeiro, com o solo da região do Cerrado próximo de 90% da capacidade de retenção de água, beneficiando principalmente aqueles que atrasaram o plantio. Os modelos projetam chuvas acima da média em fevereiro, especialmente no MT, e acima da média em março no MATOPIBA. A partir de então, o enfraquecimento do El Niño deverá levar à normalização do clima – inclusive durante o plantio no Hemisfério Norte. Esta combinação reduziu significativamente o risco da colheita.

Milho: Alexandre Mendonça de Barros, fundador e Consultor Sócio da MBAgro, acredita que é provável que a 2ª safra seja plantada em grande parte no calendário ideal, com produção esperada entre 95 e 100 milhões de toneladas de milho (produção total entre 120 e 125 milhões de toneladas). Os preços, especialmente os domésticos, poderão sofrer pressão dadas as novas expectativas de maior produção.

Soja: Os cenários anteriores eram potencialmente mais pessimistas para a soja (indicavam safra potencial abaixo de 140 milhões de toneladas), mas agora indicam 150 a 155 milhões de toneladas. Para os preços da soja, uma ligeira queda nas taxas de frete poderia reduzir o desconto interno e melhorar os preços.

Algodão: A safra brasileira pode surpreender positivamente, mas não o suficiente para movimentar o nível de preços, globalmente. O algodão continua sendo negociado a ~80 cpp, e vemos poucos motivos para que saia dessa faixa no curto prazo.

Cana-de-açúcar: A MBA estima que a produção de etanol de cana-de-açúcar aumente para 27 bilhões de litros em 2023/24, impulsionada pela moagem mais forte de cana-de-açúcar, esperada em 651 milhões de toneladas, apesar dos preços fracos. Para 2024/25, a produção de açúcar poderá aumentar ainda mais, atingindo 44,5 milhões de toneladas (de 42,56 milhões de toneladas em 2023/24), impulsionada por acréscimos de capacidade, embora a moagem total de cana-de-açúcar deva cair para 620 a 630 milhões de toneladas. O consultor não espera uma recuperação significativa do preço do etanol no curto prazo, uma vez que os estoques permanecem elevados, apesar do aumento da demanda. O preço do hidratado está previsto em R$ 2,0/litro e do anidro em R$ 2,2/litro, em março/24.

Exportações: Alexandre espera que a recuperação da safra brasileira repercuta nas exportações. As estimativas anteriores contabilizavam 43 milhões de toneladas de milho e 94 milhões de toneladas de exportações de soja, mas agora ele acredita que há potencial para um aumento de 4 milhões de toneladas em ambas as commodities.