
O mercado global de açúcar voltou a operar no negativo nesta terça-feira, 18, após a OIA reforçar a perspectiva de excedente mundial. A pressão baixista predominou nas bolsas, com apenas um contrato mostrando reação.
Na ICE Futures de Nova York, o recuo foi generalizado: março/26 fechou em 14,70 cents/lbp (–0,68%); maio/26, em 14,24 cents/lbp (–0,90%); julho/26, em 14,18 cents/lbp (–0,91%); e outubro/26 terminou a 14,50 cents/lbp (–0,75%). Já em Londres, o desempenho foi misto: o março/26 avançou 0,50%, para US$ 420,20 por tonelada, enquanto os demais vencimentos registraram quedas que variaram entre –0,12% e –0,92%.
Segundo o Barchart, parte da movimentação refletiu ajuste de posições após o governo indiano indicar que avalia aumentar o preço do etanol misturado à gasolina — medida que pode estimular usinas a redirecionar cana para o biocombustível e reduzir a oferta de açúcar.
No front fundamentalista, o Itaú BBA apontou que o mercado trabalha hoje com projeções mais amplas de produção global, sustentadas principalmente pelas estimativas positivas para a cana no Brasil e pela possibilidade de uma safra recorde em 2026/27. O banco ressalta que as primeiras leituras de produtividade na Índia e na Tailândia, previstas para novembro e dezembro, serão determinantes para calibrar expectativas. Apesar das chuvas favoráveis nas monções, a Tailândia monitora o avanço da white leaf disease, que pode comprometer parte da produção.
Fonte: Notícias Agrícolas