
Em artigo publicado no Estadão, o ex-coordenador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), José Mauro de Morais, mostra a lógica de ajustes dos preços dos combustíveis praticados pela Petrobras. Em maio de 2023, a Petrobras adotou o “abrasileiramento” dos preços do diesel e gasolina, resultando em preços internos abaixo da paridade internacional, com impactos negativos nos resultados operacionais.
Entre 2023 e 2024, o diesel ficou 17% e a gasolina 7% abaixo dos preços internacionais, causando uma queda de 82% no lucro de refino da Petrobras em 2024, comparado a 2022. A política de preços defasados, similar à de 2011-2014, afeta margens de lucro, oferta de combustíveis e expansão do etanol. Com a COP-30 no Brasil, vender combustíveis fósseis a preços reduzidos contrasta com a meta de redução de emissões, apesar da matriz energética limpa do país.
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