Artigo do The Economist publicado no Estadão traz análise referente a possíveis desdobramentos dos novos conflitos registrados no Oriente Médio. Desde os ataques do Hamas a Israel, o medo de uma guerra regional entre Israel e Irã tem aumentado nos mercados de petróleo. Após a troca de mísseis em outubro, as tensões levantaram preocupações sobre um possível ataque israelense às infraestruturas petrolíferas iranianas, levando os preços do petróleo a superarem US$ 80.
Embora um ataque à Ilha Kharg, responsável pela maior parte das exportações iranianas, possa desestabilizar o mercado, a oferta abundante e a capacidade ociosa da Opep+ podem mitigar o impacto. A demanda global está em declínio graças ao crescimento econômico lento e à transição para veículos elétricos. Portanto, mesmo que os preços subam temporariamente, a expectativa é de que se estabilizem em US$ 5 a 10 a mais do que os níveis atuais.
O Irã, por sua vez, pode retaliar ao atacar aliados de Israel ou fechar o Estreito de Ormuz, mas isso acarretaria graves consequências econômicas para o país. Para que os preços do petróleo alcancem os US$ 100 novamente, muitos eventos adversos precisariam ocorrer, e a situação atual não sugere uma escalada tão severa.
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