
As previsões de chuvas generalizadas na região Centro-Sul do Brasil, maior produtora de cana-de-açúcar do país, pressionaram as cotações do açúcar nessa quinta-feira (27) nas bolsas internacionais. Tanto Nova York como Londres fecharam o dia no vermelho, com muitos players liquidando suas posições.
“Os preços do açúcar caíram para mínimas de uma semana e meia na quinta-feira, à medida que a previsão de chuvas no Brasil reduziu as preocupações com a seca e desencadeou liquidação de posições compradas nos contratos futuros de açúcar. O serviço meteorológico Climatempo previu chuvas generalizadas nas regiões produtoras de açúcar do Brasil até a próxima semana”, informou analistas ouvidos pela Barchart, empresa americana que atua com dados e cotações de commodities.
Ainda segundo os analistas, outro fator que favoreceu a baixa nas cotações ontem foi o fato de a Índia planejar manter sua cota de exportação de um milhão de toneladas de açúcar para a temporada atual, “reduzindo preocupações sobre restrições às exportações no país, que é o segundo maior produtor de açúcar do mundo”.
Nova York
Na ICE Futures de Nova York, a quinta-feira viu a tela maio/25 do açúcar bruto cair 26 pontos, contratada a 19,09 centavos de dólar por libra-peso, desvalorização de 1,34% no comparativo com os preços da véspera. Já a tela julho/25 caiu 23 pontos, contratada a 18,83 cts/lb. Os demais lotes recuaram entre 10 e 22 pontos.
Londres
O açúcar branco, listado na ICE Futures Europe, de Londres, foi comercializado ontem a US$ 537,80 a tonelada, na tela maio/25, desvalorização de 2,50 dólares no comparativo com a véspera. Já a tela agosto/25 recuou 3,90 dólares, contratada a US$ 527,30 a tonelada. Os demais lotes caíram entre 2,40 e 4,50 dólares.
Mercado doméstico
No mercado interno a quinta-feira viu as cotações do açúcar cristal voltarem a fechar no vermelho pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP, com a saca de 50 quilos comercializada pelas usinas a R$ 137,96 contra R$ 139,63 de quarta-feira, queda de 1,20% no comparativo.
Etanol hidratado
Pelo quinto dia consecutivo as cotações do etanol hidratado fecharam desvalorizadas pelo Indicador Diário Paulínia. Ontem, o biocombustível foi negociado pelas usinas a R$ 2.824,50 o m³, contra R$ 2.828,00 o m³ praticado no dia anterior, desvalorização de 0,12% no comparativo entre os dias.
Fonte: Udop