Preços nos postos: Etanol e gasolina caem pela segunda semana consecutiva

Visor digital em bomba de abastecimento de gasolina e etanol
Foto: José Cruz/Agência Brasil

Entre os dias 24 e 30 de agosto, os preços do etanol e da gasolina caíram pela segunda semana consecutiva na média nacional. O biocombustível foi negociado por R$ 4,15/L, retração de 0,5% frente os R$ 4,17/L da semana anterior. Já o seu concorrente fóssil foi vendido a R$ 6,17/L, com baixa de 0,3% ante R$ 6,19/L no mesmo comparativo.

Os números divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) levam em conta não somente o que é observado nos postos, mas também os volumes. Dessa forma, grandes mercados consumidores têm maior representatividade no resultado.

Ainda assim, o preço do renovável se manteve dentro da faixa considerada economicamente favorável para o consumidor. Conforme a ANP, a relação entre o valor do etanol e o da gasolina foi de 67,3% na média nacional, levemente abaixo dos 67,4% do período anterior. Considerando as médias estaduais, o biocombustível é tido como competitivo em seis estados.

De 25 a 29 de agosto, o hidratado foi vendido pelas usinas de São Paulo a R$ 2,7413/L, elevação de 2,2% ante os R$ 2,683/L da semana anterior. Já as usinas goianas passaram por uma alta de 2,5%, enquanto as mato-grossenses subiram 0,7%. Os dados são do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq-USP.

Variações nos estados

Em relação ao valor nos postos, a amostragem de municípios tem mudado a cada análise. No período mais recente, a pesquisa foi feita em 264 cidades brasileiras, dez a menos do que na semana anterior.

De acordo com a ANP, de 24 a 30 de agosto, os preços médios do etanol caíram em 15 estados e no Distrito Federal, aumentaram em cinco e ficaram estáveis em seis. Já os da gasolina tiveram queda em 16 unidades da federação, subiram em três e se mantiveram em oito.

Em São Paulo, o valor médio do biocombustível subiu 0,3%, para R$ 3,98/L, enquanto o da gasolina ficou estável em R$ 6,04/L. Assim, a relação entre os preços foi de 65,9%, um patamar considerado economicamente favorável para o renovável.

Em Goiás, o etanol foi comercializado a R$ 3,94/L, redução de 6,4%. Já a gasolina caiu 2,9%, para R$ 5,98/L. Dessa forma, a relação entre os valores dos combustíveis ficou em 65,9%, com vantagem econômica para o consumo do renovável.

Por sua vez, em Minas Gerais, os preços do etanol permaneceram em R$ 4,17/L, e os da gasolina se estabilizaram R$ 6,09/L. Nesse caso, o renovável custou o equivalente a 68,5% do preço do combustível fóssil, com o biocombustível sendo considerado competitivo.

Em Mato Grosso, o valor médio do etanol aumentou 0,5%, para R$ 4,15/L, e o da gasolina ficou estável em R$ 6,29/L. Com isso, a relação entre os preços ficou em 66%.

Já em Mato Grosso do Sul, o etanol caiu 0,3%, para R$ 3,86/L, o menor valor dentre todos os estados. A gasolina reduziu no mesmo patamar, para R$ 5,93/L. Assim, o valor do biocombustível correspondeu a 65,1% do preço de seu concorrente fóssil, em um resultado economicamente favorável para o consumo do renovável e o mais competitivo do país.

Por fim, no Paraná, o etanol custou o equivalente a 67,6% do preço da gasolina, um patamar considerado vantajoso para o biocombustível. No período, o valor do renovável caiu 0,2%, para R$ 4,39/L, e o da gasolina ficou estável em R$ 6,49/L.

Os preços do etanol e da gasolina por região, estado ou cidade desde 2018 estão disponíveis na planilha interativa (exclusiva para assinantes). Também é possível acessar gráficos avançados e filtros interativos sobre o comportamento dos preços.

Corte de gastos

Atualmente, a empresa contratada pela ANP para a realização do levantamento é a Triad Research Consultoria e Pesquisa de Mercado. A vigência do acordo começou em 26 de setembro de 2022 e o cronograma inicial previa um crescimento gradual da amostragem, atingindo 459 municípios até 16 de abril de 2023.

Entretanto, o alcance do estudo foi reduzido a partir de julho de 2024 devido a cortes no orçamento da ANP. Em 8 de agosto, a ANP anunciou que a liberação de recursos deve permitir que a amostragem chegue a até 417 localidades.

Por Gabrielle Rumor Koster

Fonte: NovaCana