Preços nos postos: Combustíveis seguem tendência de estabilidade vista desde outubro

Bomba de combustíveis (Foto: Divulgação/ Biosul)

Por Gabrielle Rumor Koster

Entre os dias 17 e 23 de novembro, os preços do etanol ficaram praticamente estáveis; assim, o biocombustível foi vendido, na média nacional, a R$ 4,05 por litro, somente 0,2% acima dos R$ 4,04/L de uma semana antes. Já o seu concorrente fóssil foi comercializado a R$ 6,10/L, o mesmo valor pela terceira semana seguida.

Os números divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) levam em conta não somente o que é observado nos postos, mas também os volumes vendidos – desta forma, grandes mercados consumidores têm maior representatividade no resultado.

O preço do renovável se manteve dentro da faixa considerada economicamente favorável para o consumidor. Conforme a ANP, a relação entre o valor do etanol e o da gasolina foi de 66,4% na média nacional, levemente superior ante os 66,2% do período anterior. Nas médias estaduais, por sua vez, o biocombustível é considerado competitivo em nove estados e no Distrito Federal.

De 14 e 22 de novembro, o hidratado foi vendido pelas usinas de São Paulo a R$ 2,6287/L, alta de 0,03% frente aos R$ 2,6278/L do período anterior. Já as usinas mato-grossenses tiveram aumento de 0,6% e as goianas de 0,01%. Os dados são do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq-USP.

Variações nos estados

Em relação ao valor nos postos, a amostragem de municípios tem mudado a cada análise. No período mais recente, a pesquisa da ANP foi feita em 337 cidades, quatro a mais do que no levantamento anterior.

De acordo com a ANP, de 17 a 23 de novembro, os preços médios do etanol subiram em 12 estados, caíram em 11 e no Distrito Federal e ficaram estáveis em três. Já os da gasolina tiveram alta em 11 unidades da federação, diminuíram em nove e permaneceram estáveis em sete.

Em São Paulo, o valor médio do biocombustível subiu 0,5%, para R$ 3,91/L. Já a gasolina foi vendida a R$ 5,94/L, com alta de 0,3%. Assim, a relação entre os preços ficou em 65,8%, seguindo em um patamar considerado economicamente favorável para o renovável.

Em Goiás, o etanol foi comercializado a R$ 3,89/L, com redução de 1,3%, enquanto a gasolina caiu 1,3%, para R$ 5,99/L. Com isso, a relação entre os preços dos combustíveis foi de 64,9%, um resultado vantajoso para o consumo do renovável.

Por sua vez, Minas Gerais registrou alta de 0,2% no etanol, para R$ 4,19/L; na gasolina também houve aumento de 0,2%, para R$ 6,09/L. Desta forma, o renovável custou o equivalente a 68,8% do preço do combustível fóssil, em um nível economicamente favorável.

Em Mato Grosso, o preço médio do etanol teve alta de 0,8%, para R$ 3,86/L, ainda assim registrando o menor valor dentre todos os estados. No período, a gasolina ficou subiu 0,3%, para R$ 6,13/L. Com isso, a relação entre os preços ficou em 63%, a mais competitiva para o biocombustível no país.

Já em Mato Grosso do Sul, o etanol caiu 0,5%, para R$ 3,86/L, enquanto a gasolina ficou estável em R$ 5,93/L. Assim, o valor do biocombustível correspondeu a 65,1% do preço de seu concorrente fóssil, em uma relação comercialmente favorável para o renovável.

Por fim, no Paraná, o etanol custou o equivalente a 68,9% do preço da gasolina, um patamar considerado vantajoso para o biocombustível. No período, o valor do etanol ficou estável em R$ 4,28/L, assim como o da gasolina em R$ 6,21/L.

paridade 04 tabela completa 271124

Os preços do etanol e da gasolina por região, estado ou cidade desde 2018 estão disponíveis na planilha interativa (exclusiva para assinantes). Também é possível acessar gráficos avançados e filtros interativos sobre o comportamento dos preços.

Pesquisa de preços

Atualmente, a empresa contratada pela ANP para a realização do levantamento é a Triad Research Consultoria e Pesquisa de Mercado. A vigência do acordo começou em 26 de setembro de 2022 e o cronograma inicial previa um crescimento gradual da amostragem, atingindo 459 municípios até 16 de abril de 2023.

Entretanto, o alcance do estudo foi reduzido a partir de julho de 2024 devido a cortes no orçamento da ANP. Com isso, a abrangência máxima passou a ser de 358 cidades.

O levantamento mais recente totalizou 337 municípios. Sobre o assunto, a agência justifica: “É possível que a abrangência geográfica sofra variações em determinadas semanas, devido a problemas operacionais pontuais”.

Fonte: NovaCana