Por Fabio Rubenich
O reajuste de mais de 7% no preço da gasolina A anunciado pela Petrobras nesta segunda-feira (08/07) trouxe à tona questionamentos sobre os valores do etanol. Questionado sobre a oferta do biocombustível, o presidente da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (SIAMIG Bioenergia), Mário Campos, esclarece como as variações nos preços da gasolina e do etanol estão interligadas, destacando a interdependência e a dinâmica competitiva no mercado de combustíveis.
Segundo Campos, a alta nos preços do etanol está diretamente ligada a um cenário inflacionário e ao aumento dos custos de produção. “Estamos enfrentando um processo inflacionário significativo, com elevação dos custos. O nosso setor, que emprega um grande número de pessoas, teve que ajustar os salários conforme o dissídio coletivo. Observamos que o mercado está ajustando os preços para refletir o nível de custo que enfrentamos”, detalhou.
Além disso, destaca que a demanda por etanol permanece elevada, o que justifica as correções nos preços dentro de um mercado altamente competitivo. “A demanda por etanol está bastante aquecida, e essas correções de preço ocorrem justamente para alinhar a oferta à alta demanda durante o período de safra. Contudo, percebemos uma defasagem significativa em relação ao nosso produto concorrente”, afirmou.
Campos também lembrou que o preço da gasolina, concorrente direto do etanol, estava defasado em relação ao preço internacional do petróleo, o que influenciou os ajustes no preço do etanol. De acordo com a ANP, no final de junho, o preço médio do litro do etanol em Belo Horizonte era de R$ 4,18, enquanto no estado de Minas Gerais, o preço médio era de R$ 3,99. Já o preço médio do litro da gasolina no final de junho era de R$ 5,87.
As informações partem da assessoria de imprensa da SIAMIG Bioenergia.
Fonte: Safras & Mercado