Durante o Brazil Climate Summit 2024, realizado em Nova York, especialistas destacaram o potencial do Brasil para se tornar um hub internacional na produção de combustível sustentável de aviação (SAF) em meio ao esforço global de descarbonização do setor aéreo. O SAF, que pode ser produzido a partir de diversas matérias-primas como oleaginosas e resíduos, é compatível com os motores de aeronaves existentes, evitando a necessidade de modificações.
Segundo matéria do Valor Econômico, João Auler, do UBS Brasil, comparou a situação do SAF ao crescimento do setor de energia solar no país, enfatizando a importância de políticas públicas, mas Pedro de La Fuente, da IATA, alertou que o mercado não pode depender apenas de subsídios. A diretora da Latam, Maria Elisa Curcio, destacou a necessidade de financiamento específico, ressaltando que 40% do custo de um voo é o combustível e que o SAF, atualmente mais caro que o querosene convencional, pode ser adquirido na América Latina até 2050.
Empresas como Raízen, que já é a maior produtora de etanol do Brasil, pretendem seguir uma rota semelhante com o SAF, utilizando cana-de-açúcar, enquanto a Acelen Renewables busca transformar a macaúba em um biocombustível para exportação. A colaboração entre setores e a atração de novos investidores são vistas como essenciais para o desenvolvimento dessa indústria emergente no Brasil.
Íntegra da matéria: Valor Econômico (para assinantes)