
O assessor especial da Presidência, Celso Amorim, afirma que o Brasil prefere negociar para evitar tarifas dos EUA, mas considera retaliações se necessário. Em entrevista para o jornal Valor Econômico, o diplomata destacou a influência crescente da China na América do Sul e a relevância do acordo Mercosul-UE.
Amorim vê Trump como pragmático e avalia que suas ações podem unir Brasil e Colômbia à China. Estendendo sua análise, o ministro vê como real o risco, apontado por analistas, de que EUA, China e Rússia estejam se encaminhando para dividir o mundo em três esferas de influência.
Com base nessas análises, ainda segundo Amorim, o presidente Lula deve buscar cooperação financeira e de investimentos em suas próximas viagens à China e Rússia. Para Amorim, o Brasil prefere negociar para evitar tarifas dos EUA, mas considera que o país possa adotar retaliações, se necessário.
Além das questões comerciais, Amorim também falou sobre o papel do Brasil em relação ao fim da guerra entre Rússia e Ucrânia, onde considera que o fim esteja mais próximo, mesmo não sendo um caminho fácil de percorrer. “Eu acho que o Brasil, junto com a China e com outros países que querem a paz, pode funcionar como uma espécie de amortecedor quando chegarmos nos finalmente”, afirmo o diplomata.
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