A americana Mosaic, uma das maiores produtoras de fertilizantes do mundo, anunciou a entrada no mercado de fertirrigação no Brasil, estratégia que combina irrigação e aplicação de nutrientes diretamente nas lavouras. Segundo Eduardo Monteiro, country manager da empresa, o segmento, hoje de 1 milhão de toneladas anuais, pode atingir 4 milhões de toneladas até 2030, impulsionado pela expansão da área irrigada.
Atualmente, apenas 10% dos 90 milhões de hectares cultivados no país são irrigados, colocando o Brasil em 6º lugar mundial nesse indicador, atrás de Índia, China, Turcomenistão, EUA e Paquistão. A previsão é que o país alcance 20 milhões de hectares irrigados até 2040.
A Mosaic busca combinar fertilizantes minerais e biológicos, desenvolvidos pelo braço tecnológico Mosaic Biosciences, para aumentar a eficiência na absorção de nutrientes e elevar a produtividade. Gabriel Gimeno, diretor de vendas Brasil e Paraguai, afirma que aplicações pontuais podem gerar até duas sacas extras de soja por hectare em momentos críticos da safra.
A empresa já registrou crescimento das vendas de soluções biológicas, que devem superar US$ 70 milhões em 2025. O Brasil representa 41% do faturamento global da Mosaic, que alcançou R$ 24,15 bilhões no país em 2024.
A iniciativa vem em um momento de aumento de custos para produtores: fertilizantes importados representam 84,6% do mercado, e na safra 2025/2026 eles correspondem a quase 40% das despesas de custeio da soja, segundo dados de Mato Grosso do Sul. Para Monteiro, o uso de tecnologias como fertirrigação e biológicos é essencial para maximizar produtividade e reduzir desperdícios.
Fonte: Forbes
