Mercado reduz prêmio de risco para o suprimento global de petróleo

Bomba de petróleo em Willow Springs Park, em Long Beach, Califórnia –
Foto: Apu Gomes/4.jan.25/AFP

Por Gabriela Ruddy

Com o cessar-fogo entre Israel e Irã anunciado na semana passada, o mercado reduziu os prêmios de risco sobre as cotações do barril de petróleo e os preços voltaram a ficar abaixo dos níveis observados antes da escalada dos ataques

  • Grande parte do impacto sobre as cotações veio da possibilidade de interrupção do fornecimento pelo Estreito de Ormuz, por onde passa 20% do fornecimento global, o que não ocorreu.  

As probabilidades de choques no suprimento global da commodity devido à guerra caíram para menos de 4%, estima o Goldman Sachs. 

  • No auge do conflito, essa probabilidade chegou a 15%. 
  • No caso de uma interrupção de grandes proporções nos fluxos globais, as previsões eram de que o preço do barril poderia superar US$ 90 e chegar a três dígitos
  • Com a entrada dos Estados Unidos no confronto, os preços chegaram próximos aos US$ 80, mas recuaram com o anúncio do acordo em seguida. 

Na sexta-feira (27/6), o Brent para setembro avançou 0,16% (US$ 0,11), a US$ 66,80 o barril

O patamar já está abaixo das cotações registradas na semana antes dos ataques, quando o barril estava na casa dos US$ 69. 

  • As negociações tiveram alta volatilidade ao longo da sexta-feira, devido às informações de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) deve avaliar outro aumento na produção da commodity na reunião do próximo domingo, 6 de julho. 
  • Também tem influenciado os preços os sinais de avanço nas negociações comerciais entre a China e os Estados Unidos, o que contribui para uma expectativa de maior demanda global por petróleo. 

Segundo o Goldman Sachs, a grande queda nos prêmios do risco sobre os preços reflete a experiência do mercado com recentes choques geopolíticos globais sem disrupções significativas nos fluxos de petróleo

Fonte: Eixos