
O mercado brasileiro de fertilizantes segue em ritmo moderado, com ajustes distintos entre os principais insumos. Segundo análise da StoneX, as negociações permanecem marcadas por prudência, uma vez que a proximidade da safrinha ainda não impulsionou de forma consistente o volume de compras.
As decisões dos produtores seguem condicionadas a fatores como preço, disponibilidade e custo de aplicação, o que tem provocado comportamentos diferentes entre os produtos. Enquanto alguns registram queda nas cotações, outros apresentam avanço diante de maior procura.
Ureia recua e produtos nitrogenados de menor concentração ganham espaço
De acordo com a consultoria, o preço CFR da ureia voltou a recuar no Brasil, refletindo um cenário de baixa demanda e ampla oferta. Mesmo sendo um dos insumos mais utilizados na agricultura, a ureia enfrenta uma redução na atratividade comercial, sem sinais de retomada expressiva nas compras nas últimas semanas.
Em contrapartida, fertilizantes nitrogenados de menor concentração, como SAM e NAM, vêm registrando aumento nos preços desde a semana passada. O movimento está ligado à busca por alternativas mais acessíveis, o que tem levado produtores a ajustar suas estratégias de manejo para reduzir custos sem comprometer a eficiência da adubação.
Fosfatados apresentam direções opostas nos preços
O mesmo comportamento de contraste é observado no mercado de fosfatados. O MAP (fosfato monoamônico), produto de alta concentração, teve nova redução de preço, acompanhando a preferência dos produtores por insumos de menor custo em um contexto de planejamento conservador.
Por outro lado, o SSP (superfosfato simples) apresentou elevação nas cotações, reflexo do aumento da procura por opções mais econômicas e de maior liquidez no curto prazo. Esse movimento reforça a tendência de substituição parcial de produtos mais concentrados por alternativas que exigem menor desembolso inicial.
Potássicos mantêm estabilidade e equilíbrio entre oferta e demanda
No segmento de potássicos, o KCl (cloreto de potássio) manteve estabilidade nas cotações em relação à semana anterior, indicando um equilíbrio entre oferta e demanda no mercado interno. A ausência de variações significativas sugere que, por ora, o segmento encontra-se em um patamar de estabilidade comercial, sem pressão por reajustes imediatos.
Fonte: Portal do Agronegócio