
Com a pressão do governo Trump sobre o etanol brasileiro, o setor sucroalcooleiro busca expandir suas vendas para o Japão, rejeitando a redução tarifária para a importação do etanol americano. À reportagem do jornal Estadão, o presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), Evandro Gussi, disse que o setor rejeita a hipótese de uma redução na tarifa de 18% cobrada sobre o etanol de milho importado dos EUA como forma de evitar a tarifação recíproca anunciada pelos Estados Unidos (EUA).
“A gente confia muito no governo brasileiro, que está sendo, lógico, diplomático e buscando soluções pacificadoras para esse processo, mas ao mesmo tempo com uma altivez muito grande, percebendo com clareza os diferenciais do etanol brasileiro e a necessidade de respeitar e valorizar esses atributos nacionais”, afirmou Gussi.
Para honrar o compromisso de redução de gases do efeito estufa com a California Air Resources Board, agência governamental local destinada ao controle da poluição do ar e do combate a mudanças climáticas, as empresas brasileiras exportam para a Califórnia.
Segundo Gussi, caso a Casa Branca não reverta a prometida tarifa de 18% ao etanol brasileiro, a consequência será um aumento de custos internos no EUA, sem um impacto imediato aos produtores nacionais.
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