Após um período de lucros recordes impulsionados pela escassez de carros novos, a indústria automotiva enfrenta uma severa correção. A Nissan planeja demitir 9.000 funcionários e a Volkswagen considera fechar fábricas na Alemanha. A Stellantis, que abriga marcas como Jeep e Peugeot, viu seu CEO pedir demissão após queda nas vendas. Até montadoras de luxo como BMW e Mercedes-Benz estão enfrentando dificuldades. A reportagem é do jornal NY Times e publicada em português no jornal Folha de S.Paulo.
Os desafios incluem uma transição tecnológica complexa, turbulência política e o crescimento rápido de montadoras chinesas, que oferecem veículos de qualidade a preços mais baixos. A pandemia mascarou problemas preexistentes, mas agora, com a oferta superando a demanda, muitas fábricas estão subutilizadas, prejudicando a lucratividade.
Empregos estão em risco, com a Nissan e a Ford anunciando cortes significativos. As montadoras chinesas, antes insignificantes, estão agora se expandindo em mercados internacionais, desafiando as tradicionais montadoras ocidentais.
Enquanto as vendas de veículos elétricos desaceleram, a Volkswagen e outras estão lutando para competir com a crescente oferta chinesa. Mudanças nas políticas governamentais, como a eliminação de incentivos para veículos elétricos na Alemanha, complicam ainda mais o cenário.
Apesar das dificuldades, a GM se destaca com um aumento de 40% em suas ações, impulsionadas por veículos elétricos populares. No entanto, a empresa recuou em sua estratégia de robotaxis. A Toyota, focada em híbridos, tem se saído bem, mas pode enfrentar desafios se a demanda por veículos elétricos aumentar rapidamente.
A competição no setor automotivo está se intensificando, com montadoras estabelecidas lutando para se adaptar às novas realidades de mercado e à pressão de empresas emergentes, especialmente na China.
Íntegra da matéria: Folha de S.Paulo (para assinantes)