“Lista Suja” do RenovaBio: Impactos e sanções


Um levantamento recente aponta que 68 distribuidoras de combustíveis estão sendo processadas por não cumprirem suas metas de Créditos de Descarbonização (CBios) no âmbito do RenovaBio. Essas distribuidoras, que compõem apenas 3% do mercado, estão na “lista suja” por inadimplência, mas segundo o Instituto Combustível Legal (ICL), as sanções aplicadas não comprometem o abastecimento nacional de combustíveis. A reportagem é do Globo Rural, publicada no site da Brasil Agro.

O Instituto Brasileiro do Petróleo e do Gás (IBP) destaca que a inadimplência afeta a concorrência, gerando desequilíbrios no mercado. Em 2024, 77% das metas do RenovaBio foram cumpridas, e o descumprimento resulta em desvantagens para empresas que operam de forma ética.

Das 68 distribuidoras processadas, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aplicou R$ 505 milhões em multas, com apenas R$ 17 milhões pagos ou parcelados e R$ 85 milhões em liminares. As decisões judiciais que removeram distribuidoras da lista suja foram criticadas por ambas as entidades, que afirmam que tais ações enfraquecem a fiscalização e conferem vantagens indevidas às inadimplentes.

O ICL e o IBP enfatizam que o não cumprimento das metas prejudica o setor, acusando algumas distribuidoras de usarem a inadimplência como estratégia de mercado. O cenário evidencia a necessidade de medidas mais rigorosas para garantir a equidade e a sustentabilidade no setor de combustíveis.

Íntegra da matéria: Brasil Agro