Nos próximos cinco anos, espera-se que as vendas de automóveis híbridos e elétricos superem as de veículos a combustão, com a projeção de que a eletrificação absorva mais de R$ 63 bilhões em investimentos. Atualmente, híbridos e elétricos representam apenas 7% do mercado, mas essa fatia deve crescer rapidamente a partir de 2025, impulsionada por novos investimentos, que somam R$ 127,3 bilhões para a próxima década. A reportagem é do jornal Valor Econômico.
A transição energética no Brasil é focada no desenvolvimento de híbridos que utilizam etanol. O primeiro modelo híbrido nacional da Fiat será lançado em 5 de novembro. Apesar de resistências culturais e históricas, a indústria automotiva está se adaptando, com a Anfavea prevendo que híbridos e elétricos dominarão o mercado até 2030.
O programa federal Mover incentiva inovações e descarbonização, oferecendo créditos tributários para empresas que investirem em pesquisa e desenvolvimento. A legislação brasileira também está se tornando mais exigente em relação às emissões de poluentes.
Os híbridos leves, mais acessíveis, devem ser a porta de entrada para a eletrificação, com redução de emissões de 8% a 10%. A infraestrutura de recarga para veículos 100% elétricos também precisa ser expandida, projetando-se a necessidade de 500 mil pontos de carregamento até 2040. Embora os híbridos sejam predominantes no cenário atual, especialistas acreditam que em até cinco anos os elétricos se tornarão mais acessíveis, especialmente com a redução de custos em baterias e a introdução de novos minerais, como sódio, que devem substituir o lítio. A transição está em andamento, e o Brasil está se posicionando como um líder no uso de biocombustíveis na descarbonização do setor automotivo.
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