A Fiat inicia a venda de seus primeiros híbridos leves produzidos no Brasil, marcando o início da “eletrificação popular”. Esses modelos, com preços entre R$ 125,9 mil e R$ 161,9 mil, oferecem menor consumo e emissões em comparação aos motores a combustão, acessíveis ao padrão médio brasileiro. A estratégia visa enfrentar a concorrência das montadoras chinesas no mercado. A reportagem é do jornal Valor Econôomico.
Com a intenção de facilitar a transição para a eletrificação, a Fiat posiciona esses híbridos como uma alternativa que mantém preços similares aos combustíveis. Os novos modelos, produzidos em Betim (MG), apresentam vantagens como a capacidade de usar etanol, alinhando-se ao plano de descarbonização do Brasil. A empresa destaca sua longa história e a fidelidade dos consumidores como pontos fortes.
A Stellantis, controladora da Fiat, investiu significativamente no desenvolvimento desses veículos, com uma equipe de 250 engenheiros. Os híbridos leves prometem economia de combustível de 10% a 12%, podendo ser ainda maior em ambientes urbanos. A produção desses veículos é parte de um investimento maior de R$ 30 bilhões, visando aumentar a escala e reduzir custos.
Embora a nacionalização das baterias ainda dependa de importações, a Stellantis busca estabelecer montagens no Brasil em breve. O crescimento do mercado de híbridos e elétricos no Brasil, que representa atualmente 7,5% das vendas, pode chegar a 60% até 2030. As montadoras chinesas, como a BYD e a GWM, também planejam iniciar produção local em breve, intensificando a competição no setor.
Íntegra da matéria: Valor Econômico (para assinantes)