Goldman Sachs prevê queda nos preços do petróleo com superávit de oferta e risco de recessão

Plataforma de petróleo — Foto: Keri Jackson/Pixabay

O Goldman Sachs projetou novamente que os preços do petróleo devem recuar até o final deste ano e em 2026, refletindo o aumento do risco de recessão global e a maior oferta vinda do grupo Opep+. O banco espera que o preço médio do Brent fique em US$ 63 por barril no restante de 2025 e em US$ 58 em 2026. Para o WTI, a expectativa é de uma média de US$ 59 por barril em 2025 e US$ 55 em 2026.

Diante de um cenário de crescimento econômico fraco, em meio a uma guerra comercial global, o Goldman Sachs projeta que a demanda por petróleo aumentará apenas 300 mil barris por dia (bpd) entre o final de 2024 e o final de 2025.

O banco também revisou para baixo sua previsão de crescimento da demanda global para o quarto trimestre de 2026, reduzindo em 900 mil barris por dia devido ao agravamento das tensões comerciais entre Estados Unidos e China. Na última sexta-feira, 11, Pequim elevou tarifas sobre produtos norte-americanos para 125%, em resposta ao aumento de tarifas promovido pelo presidente Donald Trump.

Apesar de o mercado já precificar parte dos estoques futuros, o Goldman Sachs estima que haverá superávits consideráveis de petróleo — cerca de 800 mil bpd em 2025 e 1,4 milhão de bpd em 2026 —, o que continuará pressionando os preços para baixo. Em um cenário de desaceleração econômica global ou reversão total dos cortes voluntários de 2,2 milhões de bpd promovidos pela Opep+, o Brent poderia cair para a faixa de US$ 40 por barril em 2026, podendo ficar abaixo desse patamar em um cenário extremo combinado, segundo o banco.

Nesta segunda-feira, 14, os contratos futuros do Brent operavam em torno de US$ 65,35 o barril às 7h11, no horário de Brasília, enquanto o WTI era negociado a US$ 62,14.

Fonte: Exame