A Agência de Proteção Ambiental americana, EPA na sigla em inglês, está para anunciar novas exigências junto à indústria, em relação à emissão de carbono dos veículos automotivos. Especula-se que essas novas diretrizes venham com muito mais rigidez, para o controle de poluição emitida por carros e caminhões leves, nos Estados Unidos. As novas medidas, por consequência, podem impulsionar as vendas de veículos elétricos para muito além dos níveis atuais.
Segundo reportagem publicada pelo jornal Folha de S.Paulo, a projeção é que, para atender às restrições propostas, os modelos elétricos precisariam representar cerca de 2/3 das vendas de carros e caminhonetes em 2032, ante menos de 1/10 no ano passado.
A medida, que estabelece limites para a poluição formadora de neblina de fumaça em grandes cidades, fuligem e emissões de dióxido de carbono, é vista como uma das regulamentações climáticas mais importantes impostas pelo governo Biden.
As medidas visam a fazer cumprir o compromisso dos EUA em relação à redução de cerca de 50% das emissões de gases de efeito de estufa no país até 2030, firmado no Acordo de Paris. O setor de transportes é, atualmente, a maior fonte de poluição que provoca o aquecimento do planeta nos EUA.
As medidas, porém, já acirram os ânimos da política e do setor petrolífero. Aliados da indústria do petróleo e o ex-presidente Donald Trump as têm definido como um “mandato de veículos elétricos”. A Associação Americana de Fabricantes de Combustíveis e Petroquímicos está veiculando anúncios em estados-chave, dizendo que o governo Biden quer forçar “novos compradores de carros a adotarem veículos elétricos quando o país simplesmente não está pronto ainda”.
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