Explosão do etanol e recordes de produtividade colocam milho no topo do agronegócio

Imagem: RPA News

O milho voltou ao centro das atenções no agronegócio mato-grossense, impulsionado por um cenário de mercado que especialistas classificam como decisivo para o futuro do campo e da indústria.

No 6º Encontro Técnico do Milho, realizado pela Fundação Mato Grosso em Cuiabá, pesquisadores e produtores foram categóricos: o cereal deixou de ser coadjuvante e tornou-se peça estratégica para a renda, a sobrevivência econômica e até a transformação energética do país.

Com a segunda safra já batendo à porta, agricultores venderam antecipadamente cerca de 25% da produção que só será plantada em janeiro, um movimento que revela confiança no grão e a expectativa de lucros em meio à pressão dos custos.

No evento, o produtor e diretor da Agroconsult, André Debastiani, reforçou o impacto do cereal ao citar safras recentes que ultrapassaram 150 sacas por hectare, puxadas pelo avanço do consumo interno e pela explosão das usinas de etanol de milho.

Debastiani disse ainda, ao destacar o papel vital do grão no equilíbrio financeiro do produtor, que “não dá mais para imaginar o mundo sem milho”.

Outro ponto que chamou atenção no encontro foi o avanço do uso de biológicos, que se tornaram ferramenta essencial no manejo de pragas.

A força do milho também se reflete no crescimento rápido do etanol, que mais do que dobrou o consumo do cereal nos últimos quatro anos.

Segundo o diretor executivo do BioInd MT, Giuseppe Lobo, Mato Grosso já opera 18 usinas e vive uma expansão “robusta”, que elevou a produção estadual de 17 milhões para 54 milhões de toneladas desde 2017.

Para a Fundação Mato Grosso, esse crescimento não é apenas econômico: gera empregos, movimenta cadeias produtivas e fortalece a produção de proteína animal sem ampliar fronteiras agrícolas.

Uma engrenagem que, segundo os organizadores, transforma o milho na alma de uma nova era para o agronegócio .

Fonte: Sapicuá