Etanol hidratado aumenta sua participação de mercado para 25,7% em janeiro

No começo de 2024, o consumo de etanol manteve a sequência de aumentos vista no final do ano anterior. Em janeiro, os motoristas demandaram 1,78 bilhão de litros, alta de 67,2% ante os 1,06 bilhão de litros vistos no mesmo período do ano passado. Na comparação com 2022, a elevação é de 76%.

As informações sobre o andamento do mercado de combustíveis foram divulgadas pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) nesta quinta-feira, 29.

O CEO da Raízen, Ricardo Mussa, estima que a demanda pelo renovável seguirá firme até março ou abril, pois sua vantagem comercial ainda segue alta. Entre o final de janeiro e começo de fevereiro, o etanol custava 61,3% o preço da gasolina.

A visão é compartilhada pelo analista de mercado da consultoria StoneX, Bruno Cordeiro. “Em janeiro de 2023, a relação entre os preços acabava beneficiando em grande medida a demanda pela gasolina C, fator que se inverteu a partir do segundo semestre do ano passado e se mantém até o momento”, disse ele à Reuters.

Nesse cenário, o consumo da gasolina registrou uma leve queda na comparação anual, de 3,2%, com 3,64 bilhões de litros. Em janeiro de 2023, foram demandados 3,76 bilhões de litros do combustível fóssil.

Com isso, o etanol hidratado representou 25,7% do total abastecido com combustíveis do ciclo Otto no mês, ganhando mais participação no mercado. Em janeiro de 2023, o índice era de 16,7%; e, no ano anterior, 17,9%.

A porcentagem atual, representa o oitavo aumento seguido para o etanol, além de ser o mais alto índice desde abril de 2022.

Assim, a demanda total por combustíveis do ciclo Otto chegou a 4,89 bilhões de litros de gasolina equivalente em janeiro, alta anual de 8,5%. Em comparação com 2022, o aumento foi de 22,8%.

Em São Paulo, maior estado produtor e consumidor do biocombustível, a demanda por etanol hidratado foi de 833 milhões de litros, elevação de 45,9%. No mesmo mês de 2022, o consumo foi de 571 milhões de litros.

A participação de mercado do renovável foi de 46%, o maior índice registrado desde março de 2021, além de ser o oitavo aumento mensal consecutivo.

Já a demanda total por combustíveis do ciclo Otto no estado foi de 1,28 bilhão de litros, um acréscimo anual de 2,2%.

Fonte: NovaCana