Entrega de fertilizantes deve crescer 1% e passar de 48 milhões de toneladas em 2025

Pulverizador de fertilizantes – Foto: Divulgação/Vittia

A indústria de fertilizantes deve entregar em 2025 48,2 milhões de toneladas, aumento de 1% em comparação com 2024. Os dados são da Agrinvest Commodities, que fez uma apresentação, nesta quinta-feira (30/10), durante o Simpósio Sindiadubos NPK 2025, no auditório da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), em Curitiba.

“A gente vê um crescimento mais tímido no mercado este ano, perante os nossos números, que diferem do número oficial da Anda. Ainda assim, vamos ter uma entrega recorde, com um grande volume, mas com mudança na maneira de compra por parte do produtor”, ressaltou Jefferson Souza, analista da Agrinvest que fez a apresentação.

Souza reforçou que a compra de fertilizantes representa 25% do custo de produção da soja e que as altas taxas de juros e os gastos com arrendamento de áreas são os principais problemas para o produtor atualmente.

Aluísio Schwartz Teixeira, presidente do Sindicato da Indústria de Adubos e Corretivos Agrícolas no Estado do Paraná (Sindiadubos), explicou que a entidade se utilizou dos números da Agrinvest como referência no seminário deste ano porque ainda não estão disponíveis os da Associação Nacional para a Difusão de Adubos (Anda), que reúne a indústria.

“O setor vem numa linha crescente ao longo dos anos. Provavelmente, vamos adiantar a projeção de 50 milhões de toneladas previstas para 2050, volume que devemos atingir dentro de três ou quatro anos”, disse.

Importações

O analista da Agrinvest disse ainda que as importações de fertilizantes pelo Brasil aumentaram. Apenas de adubo de origem chinesa, o crescimento nas compras foi de 58%.

“A entrada da China gera regularização de oferta e, dessa forma, os preços não sofrem incremento. Esperamos que continue assim”, acrescentou Teixeira, do Sindiadubos.

O presidente do Sindicato apontou como gargalos do setor a logística portuária e a tabela de fretes rodoviários. Em sua visão, é importante as empresas atuarem de forma estratégica para manterem as margens e a saúde financeira.

Por Globo Rural

Fonte: WebTV Paracatu