A escolha do próximo diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) se torna crucial com a implementação do novo programa Combustível do Futuro, que visa aumentar a relevância do Brasil na transição energética. Segundo informações do Valor Econômico, o nome mais cotado para a liderança da ANP é Pietro Mendes, mas outros candidatos como Allan Kardec Dualibe e Daniel Maia também estão na disputa. O governo espera que o programa destrave R$ 260 bilhões em investimentos e evite a emissão de 705 milhões de toneladas de CO2 até 2037.
A ANP enfrentará o desafio de reforçar suas estruturas e aumentar receitas para cumprir as novas obrigações do marco legal dos biocombustíveis, que incluem a regulamentação de combustíveis sintéticos e a captura e armazenamento de carbono (CCUS). A agência também deve monitorar a adição obrigatória de etanol na gasolina e biodiesel no óleo diesel. Especialistas destacam a necessidade de regulamentação eficaz em áreas como biometano e combustíveis sintéticos, enquanto a ANP enfrenta um déficit de 130 funcionários e um orçamento reduzido em 66% desde 2013.
Rodolfo Saboia, atual diretor-geral, alerta que a inclusão de novas funções não pode ocorrer sem um aumento significativo de recursos e pessoal, especialmente em um cenário de cortes orçamentários. A ANP, que já lidava com desafios regulatórios antes das novas atribuições, precisa de um suporte robusto para atender às demandas do mercado e garantir a transição energética eficaz.
Íntegra da matéria: Valor Econômico (para assinantes)