De nada adianta uma produtividade de três dígitos se o canavial não tiver longevidade e rentabilidade de caixa. A visão, compartilhada entre o CEO da Orplana, José Guilherme Nogueira, e o economista do Pecege Consultoria e Projetos, Haroldo Torres, foi trazida durante debate na sétima edição da Conferência NovaCana.
“Se olharmos do ponto de vista de geração de caixa, uma produtividade de dois dígitos com maior longevidade significa uma margem de lucro e uma rentabilidade muito superior à produtividade de três dígitos, mas com idade média de dois a três anos”, compara Torres.
Ele completa que a idade média do canavial não precisa ser vista como algo ruim, ao contrário: um canavial longevo, mas com uma produtividade média considerável é a “palavra do jogo” de rentabilidade no setor canavieiro.
“Não gastar mais do que produz. Precisamos ter uma conversão muito grande e, por isso, as técnicas e manejo são muito discutidas”, explica Nogueira. Ele acrescenta que as questões climáticas são diversas e que seria impossível uma cana com potencial produtivo se adaptar a todas.
“Precisamos estar preparados para essas discussões e ter os ambientes de produção mapeados. Mas o que nos preocupa muito é a mudança climática frequente; temos visto secas drásticas, enchentes e geadas onde isso não ocorria e estamos tendo que mudar o manejo”, segue o CEO da Orplana.
Ele observa que os fatores climáticos têm trazido aptidão para cana em áreas que não tinham essa característica, mas também levam restrições para locais que anteriormente tinham aptidão. “Precisamos analisar a rentabilidade e os produtos que vamos fazer. Ter flexibilidade industrial elevada ajuda bastante”, finaliza.
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Fonte: NovaCana