
O Panamá caminha para adicionar 10% de etanol à gasolina. A previsão é de que essa mistura entre em vigor a partir de 2027.
Entretanto, o Panamá caminha para a produção em escala do biocombustível a partir de programa lançado pelo Governo em 2025 (leia a respeito aqui).
Em entrevista a María José Jiménez, na EcoTV Panamá, Cristina Thayer, diretora executiva da Associação Panamenha de Açúcar e Álcool (AZUCALPA), explica como o País se prepara para o E10 (10% de etanol na gasolina).
Declarações da Diretora Executiva da AZUCALPA
Leia a seguir destaques da entrevista da executiva:
Sem modificações: a presença de 10% de bioetanol na gasolina é comum em mais de 60 países e não exige modificações no veículo.
Quando: a previsão é de que o programa comece por volta do segundo ou terceiro trimestre de 2027.
Concorrência: o bioetanol poderá servir como uma espécie de “amortecedor” para controlar os preços diante do aumento dos preços internacionais do petróleo.
Regulamentação: o E10 busca atualizar a legislação para regulamentar tanto as importações quanto a produção local.
Sem produção: hoje o Panamá não produz etanol e toda a cana-de-açúcar é utilizada para a produção de açúcar e seus derivados.
Dobro: para atender à demanda de 10%, a área plantada precisaria ser duplicada, aumentando a produção interna sem afetar a produção de açúcar.
Importação: diante disso, o programa, segundo ela, permitirá a importação de etanol pronto para ser misturado à gasolina , combinando-o com etanol produzido no Panamá.
Objetivo: garantir o fornecimento suficiente para cobrir 10% da mistura sem afetar os preços para o consumidor.
Investimento: com o tempo, a eficiência da produção nacional permitirá que os preços se estabilizem e fortaleçam a indústria local. O investimento estimado para modernizar usinas, fábricas e postos de combustível é de aproximadamente US$ 400 milhões.
Por Delcy Mac Cruz
Fonte: Jornal Cana