Coca-Cola introduz versão com açúcar de cana nos EUA: Desafios e expectativas

Foto: Maria Goreti dos Santos/ Embrapa Agroenergia

A Coca-Cola anunciou que lançará uma versão adoçada com açúcar de cana nos EUA ainda este ano, após o presidente Trump afirmar que a empresa adotaria essa mudança. A decisão responde à crescente demanda por adoçantes naturais, embora o uso de açúcar de cana seja mais caro que o xarope de milho com alto teor de frutose (HFCS, na sigla em inglês).

Reportagem da Exame traz a avaliação de especialistas, que afirmam que a eliminação total do xarope de milho com alto teor de frutose é improvável por causa do impacto financeiro, com custos de transição estimados em mais de US$ 1 bilhão. A mudança exigirá ajustes logísticos e na cadeia de suprimentos, além de uma reformulação de rotulagem e produção.

Nos EUA, a popularidade da “MexiCoke”, versão mexicana da Coca-Cola adoçada com açúcar de cana, já estabeleceu um mercado fiel. Entretanto, a substituição do HFCS pode afetar negativamente os produtores de milho americanos, reduzindo a demanda e impactando comunidades rurais.
A Coca-Cola já utiliza açúcar de cana em mercados internacionais como Brasil, México, Reino Unido e Austrália. A mudança nos EUA pode inspirar concorrentes, como a PepsiCo, a seguirem a tendência se houver demanda.

Íntegra da matéria: Exame