CNI aponta EUA como foco prioritário para exportações brasileiras

Primeiro anúncio de Donald Trump sobre as tarifas comerciais de importação
dos Estados Unidos contra outros países – Foto: Brendan Smialowski

A trégua na guerra comercial entre Estados Unidos (EUA) e China não elimina o risco de o Brasil ser inundado por excedentes industriais, alerta o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) Ricardo Alban. Ele defende tarifas e cotas para proteger a indústria nacional e sugere parcerias pragmáticas, como a produção de Sustainable Aviation Fuel (SAF, na sigla em inglês) a partir do etanol no Brasil, em vez de apenas exportar matéria-prima.

Após a Brazil Week, evento de negócios realizado na semana passada nos EUA, Alban destaca a necessidade de diálogos setoriais e cobra agilidade do governo brasileiro nas negociações comerciais, especialmente com os EUA. Na reportagem do jornal Valor Econômico, o empresário critica medidas que impactam a competitividade industrial, como a isenção de tarifas elétricas para famílias de baixa renda que recairão sobre a Conta de Desenvolvimento Energético.

Alban também enfatiza a importância de explorar parcerias no processamento de terras raras e no estabelecimento de data centers, destacando o potencial energético do Brasil. Para o executivo, fortalecer laços comerciais com os EUA deve ser prioridade, dada a relevância do mercado americano para a indústria brasileira, que contrasta com o comércio de commodities predominante com a China. Além disso, Alban sugere acelerar acordos comerciais com Japão e Europa.

Íntegra da matéria: Valor Econômico (para assinantes)