A Braskem retomou negociações com a Petrobras para discutir preços de gás natural visando uma possível expansão do complexo petroquímico do Rio de Janeiro, além de aumentar a produção de PVC em Alagoas e na Bahia. Segundo reportagem do Valor Econômico, a empresa também está avaliando a entrada no mercado de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês).
Com capacidade atual de 540 mil toneladas de polietileno por ano, o complexo no Rio tinha planos de atingir 700 mil toneladas, mas a escassez de etano, uma matéria-prima do gás natural, limitou essa meta. O vice-presidente Pedro Freitas afirmou que as conversas sobre a expansão estão avançando e que a regulamentação do gás natural pode aumentar a disponibilidade de etanol.
Além disso, a Braskem está apoiando a expansão da produtora de plásticos reciclados Wize e busca alternativas para investimentos em SAF, com um projeto mais estruturado no Sul do Brasil. A empresa também solicitou a revisão de tarifas antidumping sobre PVC e polietileno importados, visando fortalecer sua base de geração de caixa.
A Braskem planeja expandir a capacidade produtiva de PVC em resposta ao aumento da demanda impulsionada pelo novo marco regulatório de saneamento básico, com previsão de conclusão em um ano e meio. Apesar das dificuldades enfrentadas, a perspectiva é de recuperação gradual, com expectativa de geração de caixa positiva em 2025. De janeiro a setembro deste ano, a empresa registrou um consumo de caixa recorrente de R$ 758 milhões, semelhante ao do ano anterior, refletindo os desafios do ciclo petroquímico e questões operacionais em Maceió.
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