O Brasil está se tornando um polo global para combustível de aviação verde, atraindo investimentos de empresas como Shell e Mubadala, impulsionado por sua posição como a segunda maior produtora mundial de etanol. Com uma vasta gama de culturas de baixo custo para biocombustíveis e uma pegada de carbono reduzida, o país tem vantagens competitivas sobre os EUA. A reportagem é do jornal Estadão.
A produção de combustível de aviação sustentável (SAF) no Brasil pode alcançar 50 bilhões de litros até 2030, com a demanda superando a oferta global. O etanol de cana-de-açúcar brasileiro é considerado mais eficiente e com menores emissões em comparação a alternativas como óleo de soja.
O governo brasileiro está apoiando essa transição com a legislação “Combustível do Futuro”, que cria mandatos para biocombustíveis e acelera investimentos em infraestrutura. Apesar da concorrência com incentivos climáticos dos EUA, o Brasil busca garantir que seu etanol seja convertido em SAF localmente, em vez de ser exportado.
Empresas como Raizen e FS Bioenergia estão na vanguarda de projetos que visam aumentar a capacidade de produção de SAF, com Honeywell prevendo que novas plantas possam surgir em breve. O potencial do Brasil para se tornar um grande exportador de SAF é reforçado pela crescente pressão por descarbonização na indústria da aviação.
Íntegra da matéria: Estadão (para assinantes)