A indústria automobilística brasileira está passando por uma transformação significativa com a chegada de investimentos chineses, especialmente no segmento de veículos elétricos. As montadoras BYD e GWM estão se preparando para lançar seus primeiros modelos no Brasil em 2025. Reportagem do Valor Econômico mostra que a participação de veículos elétricos chineses importados saltou de 3% em 2021 para impressionantes 87% nos primeiros nove meses de 2024, refletindo um crescente interesse e investimento no setor.
Os investimentos chineses no Brasil neste setor alcançaram US$ 568 milhões em 2022, representando 33% do total de investimentos chineses no país. A GWM está investindo R$ 10 bilhões até 2032, enquanto a BYD já iniciou a construção de uma fábrica na Bahia com capacidade para produzir 150 mil veículos por ano, prevendo expandir essa capacidade para 300 mil em quatro anos.
O governo brasileiro, por meio do Programa de Mobilidade Verde e Inovação (Mover), está incentivando a sustentabilidade no setor automotivo, reduzindo impostos para montadoras que produzem veículos menos poluentes. As montadoras chinesas estão aproveitando o ecossistema local de autopeças e a posição do Brasil como um dos maiores mercados automotivos do mundo.
Com um aumento significativo na importação de veículos elétricos, a China se tornou o principal fornecedor de automóveis do Brasil, superando a Argentina. O estoque de veículos elétricos chineses no Brasil cresceu exponencialmente, indicando uma forte tendência de adoção de tecnologias sustentáveis na mobilidade.
Em resumo, a entrada das montadoras chinesas no Brasil representa uma oportunidade estratégica tanto para o país quanto para esses investidores, que buscam expandir sua presença em um mercado em crescimento, ao mesmo tempo em que contribuem para a transição para uma frota mais sustentável.
Íntegra da matéria: Valor Econômico (para assinantes)