
A princípio, o coordenador de desenvolvimento de produto do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), Jardélcio Carvalho, pretendia realizar uma apresentação que traçava um “pano de fundo” do setor sucroenergético com o objetivo de nivelar informações entre os presentes no lançamento da plataforma Esfera. Entretanto – fiel à proposta do evento, que buscava levantar discussões –, ele acabou discorrendo sobre os motivos que levaram à aparente estagnação na produtividade da cana-de-açúcar.
De acordo com ele, o rendimento da cana-de-açúcar no campo subiu 11% em 24 safras, o equivalente a 0,7% ao ano. “O setor melhorou bastante nesses últimos anos; a supersafra de 2023/24, inclusive, ajudou a puxar esse ponto para cima. Porém, a nossa produtividade está um pouco aquém de outras culturas”, afirma.
Como exemplo, Carvalho cita que a taxa de crescimento do rendimento da soja foi o dobro da registrada pela gramínea, enquanto o milho teve um aumento ainda maior, em torno de 3% ao ano. “Esse é um ponto de atenção e precisamos correr atrás desse ‘gap’ que deixamos no mercado”, declara e segue: “A cana-de-açúcar merece buscar esses níveis de patamar de produtividades. Nós podemos entregar mais resultado para o setor”.
No período analisado, segundo o coordenador, houve “uma mudança bem interessante do perfil varietal” do setor sucroenergético. Ele ainda cita o maior uso de defensivos e a presença mais ampla de tecnologia – mas isso abre caminho para um impasse.
“Temos mais variedade no campo, mais insumos, mais classes de produtos, mais interações da tecnologia com a produção. Temos um nível de complexidade muito maior. Mas por que a produtividade continua estagnada?”, questiona.
Em conjunto com outros pesquisadores do CTC, ele buscou levantar algumas possibilidades que estariam prejudicando este avanço. Saiba mais no texto completo (exclusivo para assinantes do NovaCana).
Fonte: NovaCana