A criação da Aliança Global para Biocombustíveis sinaliza um crescimento sistemático das demandas por etanol e biodiesel. Reportagem do Valor Econômico informa que em 2023, os EUA, maiores produtores globais, disponibilizaram 16,2 milhões de toneladas de biocombustíveis, um aumento de 38,3% em relação ao ano anterior, impulsionado pelo Inflation Reduction Act, que incentiva a produção e consumo. O Brasil também avança com a legislação “Combustível do Futuro” para apoiar os biocombustíveis.
Entretanto, a produção precisa triplicar até 2030 para atender às metas de redução de emissões. Tanto Brasil quanto EUA devem abrir novos mercados e incentivar inovação, mas a competitividade exige bases regulatórias sólidas. Sem uma normatização adequada, a produção de etanol pode não ser financeiramente atrativa em comparação ao açúcar. Apesar de serem concorrentes, os dois países têm um alinhamento estratégico para fomentar a demanda por biocombustíveis.
O Brasil pode se destacar em produtos de baixa emissão, como o etanol celulósico, que utiliza resíduos agrícolas e é promissor no mercado europeu. Além disso, o setor de aviação busca alternativas aos combustíveis fósseis, e a adição de biocombustíveis poderia gerar uma demanda significativa no Brasil, que consome cerca de 115 mil barris de combustível de aviação por dia.
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