Atento ao clima no Brasil e na safra indiana, mercado do açúcar sobe mais de 2%

Foto: Globo Rural

Os preços do açúcar contabilizaram altas entre os principais contratos futuros de Nova Ioque e Londres nesta segunda-feira (10), com avanços que chegaram a até 2,95% na bolsa norte-americana. Com isso, as cotações apresentam uma recuperação, após as quedas da semana anterior.

Conforme o que explicou João Baggio, diretor presidente da G7 Agro Consultoria, um volume recorde de vendas do contrato março/25 trouxe uma impressão de grande oferta para o mercado, o que culminou com a redução recentes nas cotações do açúcar.

Entretanto, segundo Baggio, agora os analistas percebem que a oferta não é tão expressiva como imaginado. Assim, os preços apresentam uma recuperação, tendo em vista que as vendas excessivas foram uma situação esporádica e não deve haver uma super oferta global.

Baggio aponta que a produção da Índia, no último relatório divulgado, apresentou uma queda de 14%. De maneira semelhante, a Tailândia também tem revisado para baixo sua produção, que, para o diretor da G7 Agro Consultoria, não deve chegar a 10 milhões de toneladas. Somada essa condição ao período de entressafra no Brasil, os preços se recuperam e devem ficar mais estáveis nos níveis atuais.

CLIMA BRASIL

A atenção neste momento, de acordo com Baggio, se volta para o contrato de maio, que será influenciado pela safra brasileira e as condições climáticas no país. Como ele destaca, nas últimas três semanas, o veranico com altas temperaturas e dias sem chuva afetou o desenvolvimento da cana-de-açúcar.

A expectativa neste momento é que chova e esses danos possam ser amenizados, segundo o diretor. Outro detalhe citado por Baggio é um atraso da safra brasileira, que começaria neste mês de março em março, mas deve iniciar apenas em meados de abril.

Além disso, a colheita inicial deve ser destinada na maior parte para o etanol por conta do ATR mais baixo. Então, esse cenário deve afetar o preço, porém somente será possível mensurar mais à frente o tamanho das perdas no Brasil por conta do recente período de calor e falta de chuvas.

Fonte: Notícias Agrícolas