ANP altera regras de flexibilização para mistura do biodiesel em cidades do RS

Em Canoas (fotos) e Esteio, a mistura mínima do biodiesel passa de 2% para 7%
no óleo diesel S10; adição ao diesel S500 também passa a ser de 7%
Foto: Gustavo Mansur/ SecomRS

Por Rafael Walendorff 

A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) alterou as medidas de flexibilização nas regras para os combustíveis no Rio Grande do Sul adotadas após as chuvas e inundações no Estado.

A partir de hoje, os percentuais mínimos de mistura do biodiesel ao diesel fóssil serão elevados para as bases de distribuição localizadas em Esteio e Canoas.

Nesses dois municípios, a mistura mínima do biodiesel passa de 2% para 7% no óleo diesel S10. A adição ao diesel S500 também passa a ser de 7%. Antes, estava permitida a ausência do biocombustível.

Em Rio Grande, que enfrenta problemas de inundação, o percentual mínimo aceito será de 2% de biodiesel ao óleo diesel S10. A ANP também aceitará que não haja nenhuma mistura no S500.

Está mantida a obrigatoriedade de envio dos certificados de qualidade das cargas para a ANP, caso seja comercializado óleo diesel S500 sem nenhuma mistura de biodiesel, disse a agência, em comunicado.

No caso da flexibilização temporária da mistura de etanol à gasolina, foi mantido, para as bases localizadas nos municípios de Canoas, Esteio e Rio Grande, o mínimo 21% de etanol anidro. As medidas valem por 30 dias, a contar da decisão original da ANP, de 4 de maio.

No início do mês, a agência havia aplicado a flexibilização da mistura dos biocombustíveis em todo o Estado, o que gerou críticas dos produtores de biodiesel. Em articulação com o governo, a ANP limitou as regras para regiões mais afetadas e tem monitorado a situação para retomar, gradualmente, os percentuais de adição.

Fonte: Globo Rural