consumo doméstico do biocombustível – Foto: NovaCana
Por mais que as usinas de cana mantenham seu mix produtivo focado na fabricação de açúcar, o volume de etanol ofertado no Brasil tende a aumentar pelos próximos anos devido à expansão do número de plantas que utilizam outras matérias-primas, como milho, trigo e sorgo.
Durante a Conferência NovaCana, os palestrantes do painel “O futuro do etanol no Brasil: desafios, oportunidades e a ascensão do etanol de cereais” refletiram sobre como será possível absorver este incremento de volume do biocombustível.
A diretora executiva do Movimento Mato Grosso Competitivo, Vanessa Gasch, foi a moderadora do debate e destacou que, apesar de existirem possibilidades, ainda há muita dúvida a respeito de como superar este gargalo no setor.
Entre as possíveis soluções, foram levantados o aumento do consumo hidratado no mercado interno e o acréscimo no volume exportado. Além disso, também há novos nichos de mercado, como o combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês) e o biobunker, para navios.
Na visão do analista de equity do BTG Pactual, Thiago Duarte, entretanto, as exportações devem depender dos mandatos de diferentes países. Mas ele reforça que a aposta na mistura do renovável à gasolina pode ficar restrita justamente às nações que já têm produção interna do biocombustível, como a Índia.
“Exportar etanol é exportar crédito, compensação de carbono. Nenhum país quer ser dependente de importação – nem de alimento, nem de energia”, define Duarte, que completa: “Nós carregamos certo ceticismo sobre a capacidade dessas rotas de exportação absorverem a quantia extra de etanol”.
Para ele, o biocombustível ofertado terá que ser direcionado aos carros flex, a nível nacional. Duarte explica que há espaço para multiplicar o consumo interno de etanol em quatro vezes e que, se o preço for atrativo, será viável a troca da gasolina pelo hidratado.
Confira no texto completo, exclusivo para assinantes do NovaCana, mais detalhes sobre as possibilidades para escoar a alta no volume de etanol prevista para os próximos anos.
Fonte: NovaCana
