
Após três dias consecutivos de valorização, os preços do açúcar encerraram a quinta-feira (13) em queda na Bolsa de Nova Iorque e com comportamento misto em Londres. A pressão vem do cenário de ampla oferta global, impulsionado pela boa produtividade da cana no Centro-Sul do Brasil, principal região produtora do país.
Em Nova Iorque, o contrato março/26 recuou 0,08 cent (-0,6%), negociado a 14,44 cents/lbp. O vencimento maio/26 perdeu 0,08 cent (-0,6%), cotado a 13,99 cents/lbp, enquanto o julho/26 caiu 0,07 cent (-0,5%), para 13,92 cents/lbp. Já o contrato outubro/26 também encerrou em baixa de 0,08 cent (-0,6%), a 14,18 cents/lbp.
Na Bolsa de Londres, o desempenho foi desigual. O contrato dezembro/25 subiu 450 pontos (+1,1%), fechando a US$ 422,30/tonelada. Os demais prazos, no entanto, registraram quedas: o março/26 recuou 380 pontos (-0,9%), para US$ 412,60/tonelada; o maio/26 perdeu 320 pontos (-0,8%), a US$ 409,20/tonelada; e o agosto/26 teve retração de 170 pontos (-0,4%), cotado a US$ 406,20/tonelada.
Segundo Jack Scoville, analista da Price Futures Group, o mercado continua reagindo às expectativas de forte oferta mundial, especialmente pela produção robusta no Brasil. “As condições de cultivo da cana-de-açúcar seguem favoráveis, e a produção do Centro-Sul tem sido forte, o que pesa sobre os preços”, destacou.
Os dados mais recentes do Boletim De Olho na Safra, elaborado pelo Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), confirmam esse cenário. O levantamento apontou um crescimento de 4,3% na produtividade média da cana-de-açúcar na região Centro-Sul em outubro, na comparação com o mesmo período da safra passada — de 61,9 t/ha em 2024/25 para 64,6 t/ha em 2025/26.
Fonte: Notícias Agrícolas