Por Paulo Santos
O açúcar foi o grande destaque entre as commodities agrícolas negociadas na bolsa de Nova York. Nesta quinta-feira (27/6), os lotes do demerara para março fecharam a sessão em forte alta, de 4,57%, cotados a 20,12 centavos de dólar por libra-peso.
De acordo com Maurício Muruci, analista da Safras & Mercado, o risco climático para os canaviais do Brasil, principal exportador de açúcar do mundo, deu o tom positivo para as cotações.
“Existe um risco para a formação de geadas nos canaviais do Centro-Sul do Brasil, entre o dia 29 de junho a 2 de julho. Esse quadro repercutiu em Nova York, pois ele se soma à seca, que afeta as plantações desde abril, e deve se prolongar até agosto. O canavial que estava ruim, vai piorar”, afirma.
Em outro grande produtor de açúcar, a Índia, as condições também não são favoráveis. O país que está em período de entressafra vê uma ameaça a qualidade das plantas com a doença da podridão vermelha. Esses elementos deverão sustentar os futuros do açúcar em Nova York, segundo o analista.
“As cotações devem se estabelecer entre 22 a 23 centavos de dólar por libra-peso entre o final de julho e a primeira metade de agosto”, prevê Muruci.
Fonte: Globo Rural