A Hedgepoint reforçou que o mercado de açúcar segue pressionado pela perspectiva de oferta abundante na safra 25/26. Os preços tocaram mínimas de cinco anos — o bruto março/26 caiu a 14,04 c/lb e o branco dezembro/25 a 406 US$/t — refletindo o avanço da produção no Brasil e projeções mais fortes para o Hemisfério Norte.
No Centro-Sul, a moagem acelerou após julho e o mix elevado deve levar a oferta a cerca de 40,9 milhões de toneladas, mesmo com algum desvio pontual para etanol. Índia e Tailândia também devem reforçar o abastecimento: a ISMA projeta 30,95 milhões de toneladas para a Índia, enquanto a Tailândia trabalha com estimativa próxima de 10 milhões de toneladas. A liberação de 1,5 milhão de toneladas para exportação pela Índia adiciona pressão aos preços.
As quedas recentes só foram parcialmente atenuadas pela melhora do ambiente macroeconômico após o fim da paralisação do governo dos EUA. Ainda assim, a Hedgepoint destaca que o fundamento dominante é o superávit global esperado, que tende a limitar qualquer recuperação mais consistente das cotações.
Fonte: Revista RPA News
